Escola Estadual Alberto Maranhão :Primeira Escola Pública


Em 22/06/1850,pela resolução217, foi criada uma cadeira de primeiras letras para meninos. Em 01/01/1912, o governador Alberto de Albuquerque Maranhão, construiu o primeiro prédio escolar na Pça. Dix-Sept Rosado (atualmente Central do Cidadão). Em 1919, um prédio maior foi construido; dessa vez na Pça.Barão do Rio Branco (atualmente os Correios)Em 1934, o Interventor Federal Dr. Mário Câmara que juntamente com o Dr. Amphiloquio ,Diretor Geral do Departamento de Educação de Estado e o então Prefeito Antõnio Arruda Câmara. inauguraram as obras de construção do edificio do Grupo Escolar "Alberto Maranhão que foi reformado desde a fachada ao piso, aumentando duas salas de aula e um pavilhão para educação fisica. Em 1951 o prédio foi demolido em consequência de um episódio dramático para a administração da cidade na época: Era prefeito o Exmo. Lauro Arruda Câmara que num ato de solidariedade, permitiu a um portador de hanseniase- em passagem pela cidade- que se abrigasse durante alguns dias, nas dependências do então Grupo Escolar Alberto Maranhão.Era periodo de férias.Chegado o inicio das aulas, mesmo o referido hanseniano tendo ido embora da cidade, os pais dos alunos recusaram-se a permitir que seus filhos voltassem às salas de aula .Sem outra alternativa, tendo em vista o preconceito e a falta de informações que a medicina da época não dispunha sobre esse mal , o Prefeito Lauro Arruda Câmara, viu-se obrigado a mandar demolir o belo prédio do Grupo Escolar e construir um outro que começou a funcionar em 1954 - o que atualmente conhecemos como Escola Estadual Alberto Maranhão- localizado na rua 1º de Maio.
Texto: Ilvaíta Maria Costa
Fonte: Joaquina Tavares Costa (Donzinha)

Rio Curimataú: histórias e lendas


Conta a lenda, que quando do episódio da anta que fugiu, o caçador frustrado, enterrou o pedaço de pele do animal no leito do rio Curimataú que até então tinha suas águas "doces"(insipidas), e que após esse fato, elas tornaram-se salobras. Conta ainda que muito tempo depois, um frade italiano- Frei Damião de Bozzanno- em visita de missões à cidade, profetizou que as águas do rio Curimataú só voltariam a ser doces se conseguissem desenterrar a parte da pele da anta,com todos os seus pelos.
Lendas a parte, o Curimataú marcou de forma importante e inesquecivel a vida dos novacruzenses, prestando enorme contribuição à cidade em tempos de seca quando Nova Cruz não contava ainda com o sistema de abastecimento d'água encanada. Era em seu leito vazio, no verão, que cavavam-se pequenas cacimbas onde era coletada a água, que permanecia no subsolo,e vendida pela cidade em pequenos barris de madeira sobre o lombo de burricos para ser utilizada na limpeza doméstica. No inicio do inverno, após as primeira chuvas, o rio Curimataú dava seu espetáculo, atraindo a populaçãoàs suas margens para monitorar o nivel de suas águas. Usando da "tecnologia" de que dispunha na época: fincavam um pedaço de galho de árvore (graveto), rente ao nível da água de forma a perceber se com o passar de minutos o nível subia, atingindo o o graveto, ou descia,dele se afastando. Durante o dia ou a noite, a população da cidade se movimentava, observavando o rio, instalada na ponte Régis Bittencourt que lhe servia como camarote. E o Curimataú dava seu espetáculo! Ora barulhento através do ronco de seus rodamoinhos, dos troncos de árvores que passavam boiando sob a ponte, prova de sua fúria , ora interagindo com a juventude afoita que sob aclamação de uns e recriminação de outros, não resistia em demonstrar coragem, usando a varanda da ponte como trampolim para darem espetaculares "saltos mortais" sobre suas águas. Mas a fama histórica do Curimataú vem de suas enchentes:
1924 - O Curimataú transborda e atinge a parte baixa da cidade, antiga rua do Sapo. Como consequência dessa "visita", leva consigo o primeiro cemitério de Nova Cruz.Em homenagem a data, cria-se a rua 18 de Abril, local para onde migraram e cuja maioria fixou residência, os moradores da rua do Sapo que por sua vez viu o nome da rua mudado para rua Campo Santo.
1964 - Quarenta anos depois, o Curimataú volta furioso a inundar Nova Cruz. Dessa vez vem acompanhado pelo rio Bujari que em perfeita sincronia, sofre enchente simultânea a de seu companheiro, visitando as ruas Diógenes da Cunha Lima, Dr. Pedro Velho, trav. Arruda Câmara, rua 15 de Novembro, rua José Abdon, parte de Rua Getúlio Vargas e rua Frei Alberto Cabral. Em sua outra margem, ele atinge parte do Alto de Santa Luzia e o Posto Agropecuário onde hoje é o NESA. As consequências dessa segunda "visita" é a queda do muro do atual cemitério e as cabeceiras da ponte Régis Bittencourt isolando, temporariamente, Nova Cruz da capital do Estado.
2004 - Confirmando as espectativas, o Curimataú dá o ar de sua graça quarenta anos depois. Dessa vez veio sem grandes alardes; talvez por vir sozinho...talvez defasado por desvios e barragens ao longo de seu curso, ele visitou apenas sua velha conhecida e companheira de guerra, a rua Campo Santo.
E em 2044, haverá um Curimataú a "visitar" Nova Cruz outra vez? Quem viver...
Fonte e texto: Ilvaita Maria Costa



HINO OFICIAL DE NOVA CRUZ

Hino de Nova Cruz - letra e música de D. Marcolino Dantas

Nova Cruz não é cruz nova
Pois já conta um centenário
É porém um relicário,
Tem cem anos como prova

Gerações e gerações
Na matriz se batizaram
E, por glória, lhe deixaram
Luminosas tradições

A fé viva do passado
Desabrocha no presente
E ilumina o apostolado
Desta nobre e grande gente

Olhos fitos no futuro
Caminhai, novacruzenses!
Terra e céu, oh riograndenses,
Ganhareis, vos asseguro!...

Fonte: Paróquia Imaculada Conceição de Nova Cruz

Aspectos geopoliticos do Municipio


LOCALIZAÇÃO
Nova Cruz está localizada na Zona Agreste, subzona fronteiriça com o Estado da Paraíba, no Estado do Rio Grande do Norte, Região Nordeste do Brasil (classificação do IBGE), ou (pela classificação do IDEC/RN), Microrregião do Agreste Potiguar e zona homogênea do Agreste, ocupando uma área de 283,4 Km², situada entre os paralelos 6º28'41m de Latitude Sul, e 35º26'02m de Longitude Oeste. O Municipio está situado a uma Altitude média de 73m e a uma distância de 104 Km da Capital (Natal), para quem usa a BR 101. Limita-se ao Norte com os municipios deSanto Antônio e Várzea; ao Sul com o Estado da Paraíba; a Leste com os municipios de Montanhas e Pedro Velho, e a Oeste com os municípios de Passa e Fica e Lagoa Dantas.

HIDROGRAFIA
Bacia Hidrográfica: Curimataú (85%), e Jacu (15%)
Rios principais: Calabouço, que deságua no Bujari e ambos desembocam no Curimataú, rio periódico cujas águas são salobras.
Riachos: João Gomes, Três Voltas, Massaranduba e Curralinho.
Lagoas: da Espera, do Couro, do Peixe, Limpa, dos Currais, Umari, dos Bastiões, Redonda, e a do Genipapo.
Açudagem com capacidade superior a 100.000 m³ d'água (açudes públicos):
Seixas: 100.000m³
Pau Barriga: 150.000 m³
Xique-Xique: 124.700 m³
Pedro Targino: 4.800m³
O clima é do tipo pseudo-tropical: tem caracteristicas de tropical semi-árido , apresentando temperatura que varia entre 24º e 35º.

ASPECTOS URBANOS
Por não ter sido uma cidade projetada, as ruas não obedecem um alinhamento regular, o que caracteriza a tipicidade das cidades interioranas do Nordeste brasileiro. Atualmente Nova Cruz conta com 09 bairros, 137 ruas nomeadas, várias praças e quadras esportivas.

COMUNICAÇÃO
Nesta área, Nova Cruz conta com o sistema de telefonia tradicional -TELEMAR- e celular -TIM e CLARO- Agência de Correios, Rádios Curimataú - AM- e Agreste -FM, além de provedores de Internet via ondas de rádio.
Informações coletadas por Ilvaíta Maria Costa
Fonte: Prefeitura Municipal de Nova Cruz



Histórias da Fundação da Cidade de Nova Cruz



A LENDA -Era o inicio do século XVI quando surgiu um núcleo populacional às margens do rio Curimataú resultado da instalação de uma hospedaria pertencente aos primeiros moradores que ali chegaram.A hospedaria destinava-se ao descanso dos boiadeiros vindos dos estados da Paraíba e Pernambuco quando por ali passavam com seus rebanhos.O crescimento da povoação foi aumentando e muitos boiadeiros que por ali passavam acabaram fixando moradia. No inicio o povoado foi chamado de Urtigal, segundo historiadores, pela grande quantidade de urtigas existente no local. Logo depois, em virtude de alguns fatos ocorridos naquela localidade,narrados pelo historiador Manoel Dantas que diz que: "Existia no território uma anta com espírito maligno. Em determinado dia, um astuto caçador conseguiu prender o animal numa armadilha. Na ânsia de tirar o "feitiço"da anta, o caçador decidiu esfolar o animal ainda vivo.Mas logo no primeiro talho, a anta conseguiu escapar deixando um pedaço de sua pela na mão de seu algoz e sumiu mato adentro tornando-se o terror daquelas paragens, assombrando a população que sem conhecer outra forma de dominação, passaram a denominà-lo Anta Esfolada. Um missionário da Ordem dos Capuchinhos conhecedor das artes diabólicas e do exorcismo, percebendo que o demônio fazia mal àquela terra através do corpo da anta, mandou vir de Santa Cruz, madeira de Inharé com a qual fez uma cruz e chantou-a na vereda mais alta do povoado local onde a anta costumava passar e assustar os habitantes locais.Graças a esse missionário, o Frei Serafim de Catânea, a anta numca mais voltou para assustar a população e o povoado foi denominado definitivamente de NOVA CRUZ.

A HISTÓRIA REAL

Historicamente a povoação de Anta Esfolada pertencia ao Municipio de Vila Flor.Fora criado o Distrito de Paz pela resolução nº 100 de 27de outubro de 1843. Em 20 de outubro de 1846,foi anexado do Municipio de Goianinha. Em 1855 por um ato voluntário dos vigário de Serra de São Bento, trazem a sede do municipio para Nova Cruz mesmo sem autoridade judiciária e econômica funcionando "de fato",sem credencial legitimadora da legislação provincial da época e permissão expressa e indispensável do bispo diocesano. A partir de 1856 pela resolução 246 de 21 de março de 1852, as eleições e os atos administrativos são realizados em Nova Cruz. A Lei 487 de 26 de abril de 1860, desmembrou Nova Cruz do Municipio de Penha, antiga Vila Flor, reunindo-a ao Municipio de São Bento. Em 12 de março de 1868,pela Lei 609, Nova Cruz é elevada a Vila de Nova Cruz. Finalmente, a 03 de dezembro de 1919, pela Lei 470, Nova Cruz torna-se da décima terceira cidade do Rio Grande do Norte.


Informações obtidas por Ilvaíta Maria Costa.


Estação Ferroviária


A Estação Ferroviária de Nova Cruz foi inaugurada em 10/04/1883.Era o entroncamento das linhas Natal a NovaCruz com a Estação Ferroviária Conde D'Eu em Recife.Em 1901 passou a ser administrada pela Great Western do Brasil-GWB. Em 1939 houve a separação da linha potiguar que passou a ser administrada pela Estação Ferroviária Central do RN da GWB.Em 1950, com a formação da Rede Ferroviária do Nordeste-RFNe,houve a sua absorção pela Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima-RFFSA. Com o nome de uma de suas subsidiárias da RFNe, ela passou a controlar tudo. Embora com o nome de Estação Ferroviária Sampaio Correia até 1957, a Estação Ferroviária de Nova Cruz foi mantida por alguns anos até ser desativada na década de 1990.

Estação Ferroviária Natal and Nova Cruz Railway Company: 1883 a 1902
Great Western do Brasil: 1902 a 1939
Estação Ferroviária Sampaio Correia: 1939 a 1957
Rede Ferroviária do Nordeste: 1957 a 1975de
Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima: 1975 -desativada em 1999
A Rede Ferroviária Federal foi extinta em 22 de janeiro de 2007
Casa de Cultura Popular-Palácio Lauro Arruda Câmara- a partir de 2003
Informações coletadas por Ilvaíta Maria Costa
Fonte: site Estações Ferroviárias do Brasil