"O FILHO DO BRASIL" Cléo Pires beija "Lula" em cena do filme


O ano é 1965. O cenário, um clube de bocha em São Bernardo do Campo. O cartaz anuncia: "Baile de primavera -- Venha dançar". Um globo de discoteca pendurado no teto gira enquanto jovens casais dançam. De um lado da pista de dança, se encontra Lula, ainda imberbe, sentado ao lado de um amigo. Do outro lado, está Cléo Pires, também acompanhada de uma amiga. Os dois trocam olhares tímidos e apaixonados.
O beijo famoso do esperado filme Finalmente, Lula se levanta e se dirige para a mesa onde Cléo está sentada; ela se apruma. Ele a convida para dançar ao som de Sua Estupidez, de Roberto Carlos. Ao fundo, o pulsar de um enorme coração é marcado pelo pisca-pisca de uma luz vermelha. É o momento em que Lula, vivido pelo ator Rui Ricardo Dias, dá o primeiro beijo em Lurdes, interpretada por Cléo Pires, no filme Lula, o Filho do Brasil, cinebiografia do presidente Lula.Dirigido por Fábio Barreto, o longa, baseado no livro escrito por Denise Paraná (que trabalhou como assessora do presidente), começa com o nascimento de Lula, em 1945, e vai até 1980, ano da morte de Lindu, a mãe do político."O filme é todo permeado por Lindu [interpretada por Glória Pires], uma mulher forte, que criou sete filhos sozinha", disse Barreto. "Não é um filme político". A trama também mostrará o primeiro casamento de Lula com Lurdes, que morreu grávida de sete meses, seu envolvimento com o movimento sindical e seu primeiro encontro com Marisa Letícia (papel de Juliana Baroni), a atual primeira-dama. Segundo o diretor Fàbio Barreto, a estréia do filme está prevista para janeiro de 2010.
Fonte:Folha online

Nova Lei de Incentivo à Cultura entra em Consulta Pública


Entidades e produtores culturais, empresas e artistas já podem sugerir mudanças na proposta de projeto de lei que institui o Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Profic), que vai substituir a Lei n° 8.313, conhecida como Lei Rouanet. A consulta pública foi aberta nesta segunda-feira (23) e ficará disponível por um período de 45 dias. Entre as principais mudanças trazidas pela proposta estão a criação de mais fundos de financiamento direto à cultura e a reconfiguração do sistema de renúncia fiscal, com novas faixas de dedução do imposto de renda devido.
A nova lei começou a ser discutida há seis anos, com seminário Cultura para Todos, que percorreu o Brasil em 2003. Em 2008, ganhou força com o Fórum Nacional de Financiamento da Cultura, que reuniu gestores estaduais e municipais, e com os Diálogos Culturais, nas quais o ministro da Cultura, Juca Ferreira, explicou as linhas gerais da proposta. A consulta pública será realizada pela internet, na página eletrônica da Casa Civil da Presidência da República (www.presidencia.gov.br/casacivil) e no site do Ministério da Cultura (www.cultura.gov.br).
De acordo com o MinC, a renúncia fiscal, principal instrumento da lei atual, não é capaz de abranger a diversidade da cultura brasileira. O mecanismo tende a gerar concentração do volume de recursos, desigualdade na distribuição da verba entre as regiões, baixa participação das empresas e de percepção da aplicação de recursos público, e ao custo operacional e tempo de espera.
"É necessário a construção de uma parceria público-privada mais igualitária, pois é dinheiro público que está sendo utilizado na forma de renúncia, mas o que acontece atualmente é que o investimento maior é do Estado, enquanto a propaganda fica para as empresas. Poucos sabem que o Museu do Futebol e o da Língua Portuguesa foram financiados com recursos públicos", disse o ministro.
Dedução - A renúncia fiscal será mantida, mas novas faixas de dedução serão criadas. Além do máximo de 100 % e do mínimo de 30 % existentes na lei atual, haverá a possibilidade de deduzir 60%, 70%, 80% e 90% dos valores gastos. Quem decidirá em qual faixa de isenção o projeto estará enquadrado será a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC). Dessa forma, os projetos culturais mais bem formulados, que promovam a democratização do acesso ou estimulem a Economia da Cultura poderão ser enquadrados em faixas de isenção maiores.
Novos instrumentos - O Fundo Nacional de Cultura (FNC) será fortalecido e passará a ser o principal instrumento de financiamento, dividido nas áreas de Artes; Cidadania, Identidade e Diversidade Cultural; Memória e Patrimônio Cultural Brasileiros; Livro e Leitura; e Fundo Global de Equalização. O Fundo Setorial do Audiovisual, já em atividade, será mantido.
A nova lei traz, ainda, o Vale Cultura, que tornará disponível aos trabalhadores um valor mensal de R$ 50,00, que poderá ser utilizado para compra de livros e entradas em espetáculos e cinema. O ministro Juca Ferreira anunciou também a Loteria da Cultura - a ser criada por lei específica e os recursos canalizados para o FNC. Para o setor privado, estão previstos atrativos como a divulgação de um ranking das empresas que mais investem em Cultura e a adoção de um Selo de Responsabilidade Cultural.