Lenda Urbana III

Final da década de 1960. Nova Cruz ainda não contava com os serviços da energia elétrica de Paulo Afonso. O que iluminava a cidade era um motor, movido a Diesel, que funcionava das 18 às 22 horas. Certa noite. chovia fininho... após o sinal de que se aproximava a hora das luzes se apagarem, um rapaz conhecido, integrante da socedade local, vinha apressadamente para casa quando foi abordado por uma linda mulher que pediu-lhe o favor de acompanhá-la até as imediações da ponte sobre o rio Curimataú. Por se tratar de beldade nova na cidade, o rapaz, prontamente favoreceu-a com a sua companhia e o amparo de seu guarda-chuva. Seguiram caminhando rua afora em diração ao destino dado pela moça. No trajeto, o rapaz passou por amigos que se encontravam nas esquinas em um último "dedo de prosa" antes da escuridão se abater sobre a cidade. Ao chegar perto da ponte, e fazer mensão de parar, o rapaz é surpreendido por outro pedido da misteriosa desconhecida: ela pede que ele a acompanhe até o outro lado da ponte...
Sem saber exatamente o porquê, o rapaz sente uma estranha sensação de mal estar repentino na presença daquela bela mulher e educadamente, nega-se a continuar acompanhando-a. A figura misteriosa agradece e perde-se na escuridão da ponte que na época não era iluminada. Ao fazer apressadamete o caminho de volta para casa, o rapaz é interpelado por seus amigos sobre para onde ele estaria indo sozinho aquela hora...se era algum "encontro proibido", ou porque desistira e voltara. Espantado o rapaz referiu-se à bela mulher a quem estava acompanhando e para sua surpresa, nenhuma das pessoas que encontrou no caminho, havia visto a tal mulher: todos o viram sozinho aquela hora, a caminho da ponte. Sem acreditar no que o rapaz contou, chegaram a procurar a tal mulher nas imediações, mas nem sinal dela! O tempo passou e segundo o rapaz, o que o fez desistir de continuar acompanhando aquela misteriosa desconhecida foi o perfume que dela exalava. Era um perfume enjoativo quase insuportável e que ele veio a identificar tempos depois quando compareceu ao enterro de uma pessoa da cidade: O perfume daquela mulher era idêntico ao das flores que cobrem o corpo do defunto após a noite do velório! Segundo ele, até hoje, passados cinquenta anos, sempre que lembra do fato, sente o "perfume" daquela noite.
Fonte: Ivan Lúcio

Quem é Crispiniano Neto?

Joaquim Crispiniano Neto, poeta cordelista, com aproximadamente 150 folhetos de Literatura de Cordel Nordestina já publicados.
Membro eleito para a Cadeira no. 06 da Academia Mossoroense de Letras e Presidente Comissão Gerenciadora da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, recebeu o Título "Poeta dos Direitos Humanos do RN" e o Troféu "Colaborador da Cultura Brasileira" e Menção Honrosa nos 400 Anos de Natal.
Atualmente é Diretor Geral da Fundação José Augusto, cargo correspondente ao de secretário de Cultura do Estado do Rio Grande do Norte e é representante do Fórum dos Secretários de Cultura dos estados do Brasil na Câmara Setorial do Livro e Leitura. É membro titular do Conselho Estadual de Cultura do Rio Grande do Norte e membro titular do Conselho Estadual de Turismo do Rio Grande do Norte, onde defende o desenvolvimento do Turismo Cultural.
Foi empossado no dia 1º. de agosto de 2008, na Cadeira de nº. 36 da ABLC - Academia Brasileira de Literatura de Cordel (
www.ablc.com.br), sediada no Rio de Janeiro. É jornalista provisionado, mantendo coluna diária no Jornal de Fato, de Mossoró (www.defato.com) e é articulista do site patrialatina.com.br, sediado na Bahia. Está fundando a Revista Brasileira de Literatura de Cordel junto à editora IMEPH.
Fonte: Dani Tristão- Forum Permanente TVC

AUDIÊNCIA PÚBLICA - Propostas prioritárias eleitas na II CNC foram apresentadas ao Senado Federal







Dirigentes do Ministério da Cultura participaram de Audiência Pública na manhã desta quarta-feira, 24 de março, no Senado Federal, atendendo a convite da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. O objetivo da iniciativa foi a apresentação das 32 prioridades para a área cultural eleitas na II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), realizada no início deste mês, em Brasília. Pelo MinC, estavam presentes o secretário executivo Alfredo Manevy e o coordenador executivo da II CNC, João Batista. Também compareceram representantes de instituições estaduais e municipais e da classe artística, dentre os quais o diretor-presidente da Fundação de Cultura e Comunicação do Acre, Daniel Zen; o diretor da Fundação Cultural de João Pessoa, Chico César; e a cantora e compositora Sandra de Sá.
Durante a audiência, os participantes foram unânimes em ressaltar a necessidade de apoio parlamentar e da sociedade para acelerar a votação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal das propostas relacionadas à área cultural, em especial as referentes ao Marco Regulatório e ao Orçamento para a Cultura, como a PEC 150.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), vice-presidente da Comissão, afirmou que “em relação à cultura não há nem um tipo de diferenciação partidária. “Não me surpreendeu, embora me deixe muito feliz, ver que a prioridade mais votada da Conferência era aquela que amalgamava, por escolha dos delegados, justamente os vários Projetos de Lei e Propostas de Emendas Constitucionais que tramitam no Congresso Nacional”, disse o secretário executivo do MinC.
“Temos que criar oportunidades iguais para todos. Esperamos de nossos representantes que as propostas retornem de maneira concreta aos estados e municípios”, reforçou Chico César, acrescentando que “era o Brasil inteiro dizendo que queria mudar”.
A grande participação popular - cerca de 200 mil pessoas, somando todas as etapas - também foi destacada durante a apresentação. “A qualidade do que foi produzido em propostas nos dá um elenco fenomenal e expressivo do que está se debatendo e construindo nos últimos anos na cultura brasileira”, ainda ressaltou João Batista, ao relatar os números e explicar o processo de construção da II CNC.
Mídias digitais, intolerância religiosa, inclusão de novos segmentos culturais, valorização da transmissão de saberes populares, promoção da identidade e da diversidade cultural brasileira, ampliação do acesso à cultura para a população e o fortalecimento das culturas indígenas e quilombolas, dentre outras propostas de prioridades estratégicas, estão dentre as relacionadas.Todo mundo trabalha junto. A cultura é a força, a raiz de um povo e não há como deixar de lado o apoio irrestrito”. E destacou: “Sem dinheiro, pouco se faz Cultura”. Sobre a Conferência Nacional de Cultura, Alfredo Manevy esclareceu que, apesar de ter superado as expectativas, o resultado positivo já era esperado.
Fonte: site do Ministério da Cultura