Cultura Viva: Essa ciranda é de todos nós!


A Câmara dos Deputados tem registrado importantes conquistas para a cultura brasileira. Após a aprovação da PEC da Música e do Sistema Nacional de Cultura, recentemente foi aprovado o projeto que cria o Vale-Cultura, democratizando o acesso a produtos e serviços culturais para trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos. O próximo passo foi dado com aprovação na Comissão de Finanças da Câmara do programa Cultura Viva


O programa, cuja ação estruturante são os Pontos de Cultura, é uma política que começou a ser desenvolvida no governo Lula. Em oito anos, mobilizou cerca de cinco mil iniciativas, envolvendo também aproximadamente oito milhões de pessoas em sua ações, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Desta forma, o Cultura Viva é um exemplo de política cultural para o mundo, que já inspira diversas cidades e países da América Latina, além da articulação de uma rede latino-americana denominada Plataforma Puente Cultura Viva Comunitária.
De forma simples, a lei cria mecanismos permanentes para uma política cultural baseada no reconhecimento às manifestações, linguagens e formas de expressão espalhadas pelo País. E vincula o programa Cultura Viva ao Sistema Nacional de Cultura, repassando recursos para estados e municípios, simplificando o processo de financiamento, além da prestação de contas. A aprovação definitiva da lei será o resultado de uma unidade que vem se construindo entre movimentos sociais da cultura, o executivo o legislativo em âmbito nacional. Uma vitória da cultura Brasileira. Vamos juntos aprovar a Lei Cultura Viva, pois como canta a cirandeira Lia de Itamaracá: “Essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós”.

Feghali: É com políticas de Estado que fomentaremos a Cultura*Deputada Federal pelo PCdoB do Rio de Janeiro e coordenadora da Frente Parlamentar Mista em defesa da Cultura

Jandira: 2013 será ano estratégico para Lei Cultura Viva



O ano de 2013 certamente será um período de intenso protagonismo dos novos mecanismos de fortalecimento da cultura brasileira. Após a sanção do vale cultura, cartão que fomenta o consumo de cultura por trabalhadores que ganham até 5 salários mínimos, no fim do ano passado, será a vez do Projeto de Lei (PL) 757/2011, a conhecida Lei Cultura Viva. 


O PL, de autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), tem a missão de institucionalizar como política de estado o programa já em vigor do Ministério da Cultura, de mesmo nome.

A função da Lei Cultura Viva é facilitar a manutenção dos mais de 3 mil Pontos de Cultura no País – com a participação de mais de oito milhões de brasileiros –, que mantêm, de forma única, importantes manifestações culturais, populares e regionais, seja através do teatro, da tradição oral, da música ou dos festejos. A verba destinada para a manutenção destas entidades não teria o intermédio de organizações não governamentais ou terceiros. Com a futura lei em vigor, será a certeza de que os traços culturais típicos do Brasil não vão se desfazer com as mudanças de gestão ou passar do tempo.
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Este novo relacionamento entre o governo e as entidades comunitárias avançou mais em dezembro de 2012. Após sua tramitação pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara, foi a vez da Comissão de Finanças e Tributação aprovar por unanimidade o projeto. E este ano, será a vez da Comissão de Constituição e Justiça apreciar o projeto, ajudando em seu estratégico avanço dentro do Parlamento.
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Para Jandira, esta política é inovadora: “Ela inova e se torna emancipatória, permitindo ao estado garantir o reconhecimento e a valorização da criatividade popular. E como diz a canção de Lia de Itamaracá, ‘Essa Ciranda não é minha, ela é de todos nós’. Parabenizo a todos os fazedores de cultura do Brasil por esta importante conquista e vamos juntos na luta por sua aprovação”, defende.

Fonte: Portal SigaJandira

LEI CULTURA VIVA


Por Célio Turino*


A lei CULTURA VIVA, de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ), já foi aprovada por unanimidade na comissão de educação e cultura da Câmara. 
Leia também:
Célio Turino: Cultura Viva na América Latina
Para quem não está familiarizado com os trâmites legislativos, ainda há um longo caminho (após a aprovação na comissão de finanças e tributação ela irá à comissão de constituição e justiça, em seguida ao senado e retorno para aprovação final pelos deputados), mas este passo é estratégico, sobretudo pelo conteúdo que irá incorporar à lei, criando um novo e simplificado marco no relacionamento entre governo e entidades comunitárias.
Como principal contribuição nesta etapa, a lei vai criar o Cadastro Nacional de Pontos de Cultura (a exemplo do currículo Lattes, do CNPQ, ou de cadastro de entidades assistenciais), simplificando processos de contrato entre entidades culturais e governo, além de abrir caminho para repasse de recursos e prestação de contas mais adequados à dinâmica destas entidades e comunidades. No lugar de convênios burocráticos, contratos e prestação de contas por resultados. Pode parecer pouco, mas não é.

Em meu livro, PONTO DE CULTURA – o Brasil de baixo para cima, já apontava sobre a necessidade desta mudança de paradigmas nos contratos entre Estado e Sociedade: “A tradição da burocracia brasileira é formalista. Muito controle nos meandros e nas insignificâncias e pouca atenção nos resultados. Para que ganhe maior eficiência é necessário mudar o foco do acompanhamento por procedimentos para o acompanhamento por resultados. Ao invés de convênios com suas exigências intermináveis, contratos e prêmios. Em paralelo, outros mecanismos de agilização, como transferência direta para entes federados, “fundo a fundo” (que será possível quando da implantação do Sistema Nacional de Cultura) e premiação por desempenho, com o compromisso de serem reaplicados na iniciativa”. (pg. 168)
Essa aparente pequena mudança será a consagração de uma nova forma de relacionamento entre Estado e Sociedade, via entidades comunitárias, inaugurada com os Pontos de Cultura. Até então o modelo tinha e tem sido o de grandes convênios com grandes ONGs repassadoras de serviços (seja em serviços de saúde, programas de esporte comunitário, educação, reforma agrária ou quaisquer outras áreas), que mais funcionavam e funcionam como prestadoras de serviços. O caminho adotado desde o início dos Pontos de Cultura foi no sentido inverso, estabelecendo uma relação direta com entidades comunitárias de pequeno porte (a maioria firmando convênios pela primeira vez), com a transferência de pequenos valores (R$ 60 mil/ano, o que representa R$ 5 mil/mês). Até 2009, em relação direta do Ministério da Cultura com as entidades, chegamos a 800 convênios e via redes com governos estaduais e municipais, a mais 2.500 entidades culturais, beneficiando mais de 8 milhões de pessoas em 1.100 municípios do país (dados do IPEA). Lembro-me do primeiro convenio de Ponto de Cultura que assinei, em novembro de 2004, com uma associação de jovens no município de Arcoverde, no agreste pernambucano. Assim chegamos a grupos de Hip Hop, Cultura Tradicional, favelas, coletivos de teatro ou dança, bibliotecas comunitárias, aldeias indígenas... Há um convênio assinado diretamente com o cacique Aritana, dos Yawalapíti, no Parque Nacional do Xingu e até trato disso em outro capítulo de meu livro:
“Tem memória os índios do Brasil e eles sabem o que acontece quando transferem para outros o destino de seus povos. Mesmo que num primeiro momento o preenchimento de planilhas e documentações pareça difícil para um índio que mora no Xingu, melhor falarem por si mesmos, sem intermediação; a ajuda externa, quando honesta e desinteressada, é bem vinda, mas sempre a última palavra é deles. O que eles precisam fazer, fazem por si mesmos e com isso conquistam autonomia.” (pg. 28)
Todavia, não foi uma opção fácil. O convenio com o IPEAX (Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu), presidido pelo cacique Aritana, com sede na aldeia Yawalapíti, no Parque Nacional do Xingu e sub-sede no município de Canarana, MT, a dois dias de barco da aldeia, levou um ano e meio para ser assinado. Tantos foram os conselhos que recebi para fazer o convênio com uma ONG mais estruturada, que assim repassaria o recurso para eles. Mas Aritana não quis, nem eu.
Quebrar a intermediação e estabelecer uma relação direta entre Estado e Sociedade foi uma decisão em três níveis:

a) Filosófica/ideológica – ao fortalecer e empoderar grupos culturais historicamente alijados, abrindo caminho para um Estado de novo tipo, ao mesmo tempo leve e ampliado e moldado à feição de seu povo; 

b) Política – ao exercitar novos padrões de relacionamento entre aparato burocrático de governo, colocando um degrau a mais nos processos de orçamento participativo, e em escala nacional, em que as pessoas são chamadas a dizer não somente “o que querem” (ou necessitam), mas “como querem”, e assim recebem meios para essa execução direta;

c) Técnica e de gestão – ao acumular um conjunto de êxitos na implantação de um programa de governo, permitindo que o recurso, efetivamente, chegasse à ponta, multiplicando em muito a capacidade de realização de suas ações.

Essa decisão foi muito criticada à época (e até hoje, suponho), pois seria mais fácil concentrar os Pontos de Cultura em poucos mega-convênios, com poucas mega-entidades. Mas se assim fizéssemos o que estaríamos mudando na relação entre Estado e Sociedade? Poderíamos estar oferecendo um serviço mais ágil, talvez, mas mesmo quanto a isto tenho dúvidas, até em relação à prestação de contas e possibilidades de desvios, afinal, quanto maior o montante, maior a tentação. E, para além dos avanços de caráter filosófico/teórico e político, houve avanços em termos de gestão administrativa. No início, a única alternativa apresentada pela gestão interna e departamento jurídico do ministério foi o mecanismo de convênios, era fazer assim ou não fazer. Fizemos. Mas logo no ano seguinte tomamos a medida de alterar a prestação de contas de semestral para anual, reduzindo os processos burocráticos em 50%. A partir de 2007, com o Mais Cultura, houve a descentralização dos convênios, via estados e municípios, agilizando ainda mais os processos de acompanhamento administrativo, além de colocar-los mais próximos aos Pontos de Cultura. Em paralelo também foi equacionado outro problema bastante relevante: o impedimento da utilização de despesas administrativas, mesmo quando contrapartida das entidades, na prestação de contas do convênio; essa era uma decisão que dependia do Ministério do Planejamento, através de Instrução Normativa (IN) e com a mudança foi possível estender a decisão para aplicação retroativa a todos os convênios dos Pontos de Cultura, permitindo que 15% de despesas totais do convênio pudessem ser utilizadas na manutenção e despesas administrativas dos Pontos de Cultura. E, para além destas medidas, houve a aplicação de Prêmios, via ações do programa (Pontinhos de Cultura, Economia Viva, Griô, Interações Estéticas, Escola Viva, Cultura e Saúde, entre outras), dispensando prestação de contas burocráticas e liberando as entidades para uma ação direta em sua atividade fim, com excelentes resultados. Ao final de 2009, após um ano e meio de negociação entre o governo do estado de São Paulo e Ministério da Cultura, também chegamos a um novo formato para a rede de Pontos de Cultura, agora via prêmio. Essa medida, sem dúvida, teria um grande efeito na descomplicação burocrática do programa, todavia, com a mudança de governo, não foi estendida como modelo às demais redes (via aplicação retroativa, como no caso da alteração da Instrução Normativa sobre convênios, admitindo despesas administrativas), ou mesmo a eventuais novas redes.

Por isso a aprovação da lei Cultura Viva torna-se ainda mais necessária. Assim, será possível garantir uma norma clara e precisa. A lei Cultura Viva representará um marco no caminho do Estado-Rede, tal qual propõe Manuel Castells, e do Estado Ampliado e Educador, segundo pensamento de Antonio Gramsci. Apontei isso em meu livro, ao propor a combinação de princípios administrativos como: “...flexibilidade; transparência administrativa; descentralização compartilhada de gestão; coordenação de regras democraticamente estabelecidas; participação do cidadão, sobretudo os excluídos; modernização tecnológica; valorização dos servidores e retroalimentação da gestão com mecanismos de avaliação que permitam a aprendizagem e correção de erros” (pg.137). Este é o sentido da lei e talvez sua contribuição principal, para além, até mesmo, da garantia do programa Cultura Viva. Claro que a garantia do programa é fundamental, mas a contribuição da lei Cultura Viva pode ir além, servindo de paradigma para outras formas de relacionamento e controle social entre Estado e entidades da sociedade, as ONGs. A respeito das ONGs, gostaria de abrir um parêntesis para uma observação: o caminho da pulverização em pequenos contratos, tal como praticado com os Pontos de Cultura demonstra-se muito mais eficiente e refratário a desvios que o da concentração.
Foi o que fizemos. E será o que faremos ainda mais com a aprovação da lei Cultura Viva. Empoderando gente criativa e generosa que há tanto tempo faz tanta coisa boa e bela por sua gente, e sem receber o menor reconhecimento e apoio governamental. Com o Ponto de Cultura os anônimos ganharam rosto e protagonismo. E vão além!
Este é o efeito da lei CULTURA VIVA. Mais que a consolidação de um programa, ela representa uma nova forma de os governos se relacionarem com a sociedade. Uma sociedade que há muito tempo já faz, seja em cultura ou outros campos da vida em comunidade, e que agora quer ser reconhecida em seu protagonismo e em suas formas de autogoverno.
Por isso agradeço, por isso parabenizo e por isso peço apoio à lei CULTURA VIVA e ao relatório ora em votação.

*Célio Turino é historiador, escritor e gestor de políticas públicas. Foi idealizador e gestor do programa Cultura Viva e dos Pontos de Cultura. Foi secretário de Cultura e Turismo em Campinas/SP (1990/92), diretor de Esporte e Lazer em São Paulo/SP (2001/2004) e secretário da Cidadania Cultural no Ministério da Cultura (2004/2010).

Fonte: Revista Fórum

GRAMSCI

“Odeio os indiferentes. (...) Acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive, não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes."

PONTO DE CULTURA

 Quando um muro separa, uma ponte une
Se a vingança encara, o remorso pune
Você vem me agarra, alguém vem me solta
Você vai na marra, ela um dia volta
E se a força é tua, ela um dia é nossa

Olha o muro, olha a ponte
Olha o dia de ontem chegando
Que medo você tem de nós
Olha aí...
Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente...olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo o troco
Vamos por aí, eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós
Olha aí...
O muro caiu olha a ponte
Da liberdade guardiã
O braço do Cristo horizonte
Abraça o dia de amanhã
Olha ai...

Quando a burocracia mata. O fim de um Ponto de Cultura.


Brasil Vivo
Há dois dias recebi este email:  
“infelizmente, amigo, um dia sonhamos juntos por um Brasil cheio de pontos de cultura. Mas hj mais um se apaga, aqui no Norte do Paraná, na Londrina de terra roxa. 
Não sei o que fizemos de tão errado nesse cincos anos, mas agora somos taxados de “devedores”, “ladrões” e tenho a impressão que os ventos que sopraram a nosso favor voltaram em forma de um grande furacão. 
 Mais um ponto que se apaga.
Fabricio”
Essa mensagem veio da Casa das Fases, um Ponto de Cultura dos mais delicados. Os visitei uma única vez, creio que em 2006, mas o trabalho deles e delas (a maioria são velhas e queridas senhoras) me marcou tanto que tornamo-nos amigos, mais por trocas epistolares (muitas vezes recebi cartas escritas à mão, assinadas por dona Jandira – a presidenta da entidade, que faleceu no ano passado-) todas cheias de emoção e palavras de estímulo. Agora recebo esta mensagem de Fabrício, o coordenador do Ponto de Cultura, eles renderam-se à burocracia estatal e seu Ponto de Cultura será mais um que se apaga.
Haveria solução, mas quando um governo rende-se à “burocracia sem alma” (no conceito de Max Weber) o resultado é a morte da Cultura Viva. Para quem quiser conhecer o trabalho deles, segue um vídeo que encontrei no youtube e também um capítulo que escrevi em meu livro “PONTO DE CULTURA – o Brasil de baixo para cima”. Quanto à solução, o caminho para resolver esta prestação de contas e de vários outros Pontos de Cultura em situação semelhante (todos muito honestos e comprometidos e que fizeram um trabalho com resultados muito além do que havia sido contratado, diga-se), seria reunir os diversos orgãos de controle estatal (CGU – Controladoria Geral da União -, TCU – Tribunal de Contas da União- e os Ministérios do Planejamento e Cultura) e produzir um termo de ajuste que reconhecesse a prestação de contas dos Pontos de Cultura pelo cumprimento do Objeto (resultados) dos Convenios e não pelos procedimentos burocráticos das notas frias. Em São Paulo este caminho (prêmio ao invés de convênios) já foi adotado desde 2009, com a rede de 300 Pontos de Cultura do Estado e já deveria estar sendo aplicado nas demais redes (inclusive retroativamente); porém, com a mudança de governo, o pântano burocrático prevaleceu -e continua prevalecendo até o dia de hoje- na condução das políticas públicas. Triste.
http://www.youtube.com/watch?v=pPYkAqJzc6I


Sergio Bairon escreveu este texto em referencia a um artigo que acabo de publicar na revista forum (segue link abaixo) e considero muito pertinente repassar (em especial à Casa Das Fases, ao menos para que não se sintam sós - contem conosco, seguimos juntos)

Raymundo Faoro, em "Os Donos do Poder", nos oferece uma análise da historicidade de como criamos um Estado Patrimonialista Burocrático ao longo da(s) história(s) Brasil-Portugal. Os Pontos de Cultura representaram a maior conquista que tivemos em séculos de História, justamente por reconhecerem a autonomia orgânica da Cultura Oral brasileira, iniciativa absolutamente inédita por parte do Estado brasileiro. Neste texto de Celio Turino encontramos mais um testemunho de como a tradição patrimonialista burocrática não compreende as organizações orgânicas da sociedade. Em certos trechos do Livro, Faoro parece estar falando desta morte anunciada pelo estamento burocrático: "A cultura, que poderia ser brasileira, frustra-se ao abraço sufocante da carapaça administrativa. Velhos quadros e instituições anacrônicas frustram o florescimento do mundo virgem. Deitou-se remendo de pano novo em vestido velho, vinho novo em odres velhos, sem que o vestido se rompesse nem o odre rebentasse".

Juca Ferreira apresenta propostas para gestão da Cultura


Juca Ferreira apresenta propostas para gestão da Cultura em São Paulo O secretário de Cultura de São Paulo, Juca Ferreira coordenou ontem (5) no encontro,  aberto à participação pública,  realizado no Centro Cultural São Paulo (CCSP, na região central), dando início ao programa #existediálogoemSP. O objetivo foi discutir com a população a “construção colaborativa de políticas públicas” durante sua gestão a partir do diálogo permanente e público. Cerca de mil pessoas lotaram a sala Adoniran Barbosa e um espaço anexo, onde o público que não coube na sala principal acompanhou a fala do secretário e o debate em um telão.
Participaram do evento coletivos, produtores de teatro e cinema, empresários, atores, artistas de rua, representantes de diversos segmentos da área cultural, da periferia e das regiões mais centrais de São Paulo. Juca – ex-ministro da Cultura do governo Lula entre 2008 e 2010 – disse, ao iniciar sua participação, que o propósito da reunião foi iniciar o diálogo que pretende manter pelos próximos quatros anos. “Não acredito em política pública de gabinete”, disse Ferreira, explicando que o evento teve, entre outros, o objetivo de “compreender as múltiplas demandas sociais” da capital. 
De acordo com o que o programa de governo que baseou a campanha eleitoral de Fernando Haddad (PT) em 2012, o secretário declarou que a proposta da gestão é de diálogo entre o centro e a periferia e com diversos setores da cultura, seja do ponto de vista territorial da cidade ou temático, considerando as mais variadas formas de manifestação cultural.
“O diálogo vai ser o grande instrumento de trabalho”, afirmou. Segundo ele, as diretrizes da Cultura estão de acordo com as que regem “um governo que significa renovação, inclusão e integração. Todos devem ser considerados parte da cidadania”, disse Ferreira.”

Plano diretor

Ele afirmou que, além de um Conselho Municipal de Cultura forte e “capaz de influenciar as políticas públicas” do governo municipal, pretende “construir o Plano Municipal de Cultura para se integrar ao Sistema Nacional de Cultura, do governo federal”. O objetivo, disse, será estabelecer essas políticas nos próximos dez anos. O secretário revelou ainda sua proposta para que, na revisão do Plano Diretor da cidade, as novas diretrizes incorporem a cultura, “que não faz parte desses processos”. 
Disse ainda que as ruas e praças “podem se transformar em espaços de manifestação cultural” para artistas locais em um calendário que pode se estender por todo o ano. “A vocação de São Paulo não é só importar shows de músicos internacionais”, criticou, sob palmas. “Vamos criar uma curadoria colegiada para cuidar da cultura da cidade. São Paulo comporta eventos em todo o calendário, eventos grandes, médios e pequenos”.
Fortalecer os pontos de cultura, potencializar a produção da periferia, dar mais espaço à cultura digital gratuita, “acolher” a cultura do interior do estado e nordestina também foram propostas enumeradas por Ferreira. 
Sobre orçamento e financiamento para as propostas, Juca Ferreira contou que o orçamento médio da secretaria nos últimos anos, de 1,3% , caiu para 0,9% em 2013, de acordo com o que foi aprovado em 2012. “Esta é a má notícia”, ilustrou. A “boa notícia”, segundo ele, é que Haddad assumiu compromisso de elevar o montante para 2%. O secretário disse que pretende também firmar parcerias com os governos estadual e federal, além da iniciativa privada. Neste último caso, ressaltou, “desde que prevaleça a natureza pública” dos investimentos.
(reportagem completa em http://africas.com.br/)  Fonte: Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual

URGENTE: FAZENDEIRO CONTRATA A MORTE DO CACIQUE GUARANI-KAIOWÁ LÁDIO VERON, HOJE!! 30/01/2013

Acabei de receber telefonema do Cacique Guarani Kaiowá Ládio Veron da Aldeia Takuara região de Juti e Cáraapo, avisando que o fazendeiro pagou ao jagunço Moacir, para que ele o mate ainda hoje.
As autoridades já foram avisadas dessa ameaça e nada fizeram, só a nossa mobilização agora poderá garantir a vida do Cacique Ládio. Célio Turino -Facebook

Colocações pertinentes (para quem deseja ir além da histeria da mídia e do populismo politiqueiro)Célio

Célio Turino

FECHARAM A BIBLIOTECA POPULAR MACHADO DE ASSIS, em Botafogo.
Além dos 25 mil volumes disponíveis para empréstimo, e do acervo com acesso restrito, a Biblioteca oferecia diversos serviços à comunidade: cursos pagos, porém a preços acessíveis, de línguas (inglês, espanhol e francês básicos), de teatro, artesanato, pintura, e de organização e dinamização de bibliotecas para professores. Além de atividades promovidas pelo Centro Cultural e Artístico de Botafogo e pela Associação dos Amigos dessa biblioteca, tais como festivais de música e dança para a terceira idade, palestras, simpósios e exposições de obras de arte. 

FECHARAM TAMBÉM O CINE JÓIA em Copacabana. E segundo o Johandsen, que estava lá e viu, a fiscal sequer entrou na sala de cinema. No dia seguinte chegou uma ordem questionando a situação da sala que ela nem viu. Nem ela nem bombeiro nenhum.

Fecharam também um monte de outras casas públicas: 11 Lonas Culturais, 9 teatros municipais, outras 6 bibliotecas municipais e mais 23 outros locais. (Mas não fecharam a Biblioteca Nacional, que nos últimos anos foi palco de várias tragédias onde perdeu-se milhares de livros e documentos preciosos!)

ESSA HISTERIA começou com um imbecil soltando um fogo de artifício. E segue com a massa aplaudindo um show ainda mais pirotécnico, os fogos de artifício das autoridades que resolveram mostrar serviço e lacram tudo quanto veêm pela frente. 

Fecharam também o La Esquina, o Studio RJ, Carioca da Gema, Sacrilégio e o AUDIO REBEL - onde hoje rolaria o show do espanhol Albert Zaragosa (Lenticular Clouds), dentro do festival Cornucópia (com curadoria de Chico Dub, criador do Novas Frequências). 

A INÉPCIA DO ESTADO FICA EVIDENTE no caso da CASA DA MATRIZ: a Secretaria Especial de Ordem Pública cancelou o alvará provisório por falta de documentação emitida pela Secretaria Municipal de Urbanismo. Ou seja: o problema é a lei de zoneamento do município, que dita que tipo de comércio pode se estabelecer aqui e ali. Essa lei é de 1976 e nunca foi atualizada. Se o Estado não cumpre sua obrigação, como os empresários vão cumprir a sua? A cidade cresce, a despeito da incompetência da Secretaria de Urbanismo. Agora, atentem a um outro detalhe: como a Prefeitura pode chamar de “provisório” um alvará que foi renovado por, digamos, 12 dos 13 anos de existência da Casa da Matriz? É ridículo.

VIVEMOS NUMA SITUAÇÃO ÀS AVESSAS: dado o grau de corrupção dos órgãos que fiscalizam casas noturnas, é mais provável que uma boate com alvará tenha pagado propina e aberto as portas sem qualquer confere das autoridades, e que uma casa sem alvará ainda não o tenha justamente porque tentou fazer tudo nos conformes, sem pagar “por fora”. 

Os indivíduos, como o imbecil que soltou o rojão em Santa Maria, podem ser descuidados e inconsequentes, mas todos parecem ter esquecido que o ESTADO pode ser tirânico. Como podem aplaudir a truculência da Guarda Municipal HOJE, no Cordão do Bola Preta, confiscando as latinhas de cerveja dos camelôs não-cadastrados pela Ambev e, pasmem, destruindo os isopores que esse pessoal tinham para acomodar seus produtos?! Tudo isso enquanto as guardas femininas tiravam foto com seus celulares, com sorriso de quem guardava troféus para mostrar seu bom serviço?

O Sebo Baratos da Ribeiro foi multado de forma totalmente irregular (faltou o essencial termo de ajuste de conduta, por exemplo), no início de 2011. Estive por 3 ocasiões na Sub-Prefeitura, não para recorrer das multas (pagas imediatamente), mas para dialogar no sentido de garantir que os eventos fossem adaptados às regras. Nenhum fiscal se dispôs a conversar. Na última tentativa fui acompanhado de advogado e levei comigo vários documentos (boletos pagos do ECAD, carta-esclarecimento da Associação Estadual de Livrarias, etc): os fiscais SE RECUSARAM A RECEBER a papelada. Desisti. E nunca mais fizemos shows ou o Clube do Vinil. 

O que está rolando neste momento na cidade não é uma demonstração de eficácia do Poder Público, mas uma histérica Caça às Bruxas sem qualquer reflexão sobre as consequências para a economia de uma cidade que, nos últimos anos, paradoxalmente, direcionou todos os seus esforços para ser um centro mundial de diversão – e nesse contexto é que entram Copa, Olimpíadas e o diabo à quatro.

ADEMAIS, a prefeitura que agora está em surto perseguitório É A MESMA QUE TEM CRIADO INÚMERAS SITUAÇÕES DE RISCO À POPULAÇÃO, com mega eventos marketeiros em prol de Igrejas Evangélicas, Marcas Multinacionais e empresas públicas como os Correios. Quem passou próximo ao show da Preta Gil e do Péricles na semana passada viu o inferno dantesco em que a Lapa se transformou. Se 2 caras armados resolvem trocar tiros no meio daquela muvuca, quantas pessoas morreriam pisoteadas? Ah, mas quando se trata das figurinhas que frequentam o Domingão do Faustão, pode-se tudo.

P.S.: estou enojado com a cobertura que a mídia tem feito desse circo. Com a palavra o Júlio, produtor da festa Soul de Santa, que aconteceria amanhã, na Casa do Barão, que também foi fechada: 
“acho muita hipocrisia alguns setores dessa mesma mídia fazerem terrorismo psicológico como tem feito. É estarrecedor ver como ainda aproveitam de uma tragédia de proporções mundias para se promoverem. 

Novacruzense faz sucesso nas passarelas do Brasil



Wadamy Félix, tem 19 anos, 1,82m e pesando 75kg, foi descoberto em Natal, pelo proprietário da revista FASHION BRASIL, Hélio Panthera, responsável por colocar no mercado da moda, top models como Gisele Bundchen, Gianequini, entre outros . Ele ganhou junto com a também modelo Taciane Conde, de Recife-PE, o título de MISTER FASHION BRASIL 2011, evento ocorrido no Clube Português do Recife. De lá prá cá vem se destacando e "arrancando suspirots nos desfiles" com um dos principais modelos do Nordeste. Tanto que em 2012 foi eleito "o mais belo rosto da Fashion Brasil" uma das maiores revistas de moda do Brasil.
É lógico que o pai de Wadamy, Leto, que tem um restaurante na rua 18 de Abril não se contem diante da alegria de ter um filho que hoje faz sucesso: " estou muito feliz e orgulhoso de meu filho. Mas o mais importante é que ele prossiga com sua carreira que tenho certeza que será ainda mais de sucesso" -

EQUIPE FORÇA E AÇÃO (HONDA) FAZ ESPATÁCULO EM NOVA CRUZ


Equipe Força e Ação
A BR - Moto de Nova Cruz/RN, realizou nesse final de semana um evento junto com a Equipe Força e Ação que e patrocinada pela Honda.
Onde foi realizado varias manobras radicais como: impinar, fazer zerinho, saltos diversos e manobras espetaculares. conversando com Detinho que o piloto oficial da Força e Ação, ele relator que esta fazendo uma turne pelo norte - nordeste, hoje aqui em Nova Cruz estamos fazendo mais um show e amanhã estaremos em Santo Antonio.
Em breve DVD do Evento
http://afraniopatricio.blogspot.com.br/