Cultura sem expressão


Para apagar a impressão de que seu primeiro ano como titular da pasta foi, ele sim, apagado, e que está na conta dela o fato de o MinC ter perdido protagonismo, a ministra Ana de Hollanda,
confia em alguns trunfos. O primeiro foi a efetivação do Plano Nacional de Cultura, que estabelece metas para a área até 2020. Outro é a parceria com o Ministério da Educação - sonho antigo, alimentado desde Celso Furtado - para levar agentes culturais e de leitura a 2 mil escolas do Programa Mais Educação.
Já a política do MinC para os Pontos de Cultura está sendo revista e alguns representantes dos mais de três mil pontos espalhados pelo país temem que as alterações resultem em menos repasses de verbas. "Tivemos de reavaliar editais da gestão anterior, porque muitas entidades, por falta de experiência técnica, não cumpriram exigências. Mas hoje temos capacidade de implantar 500 novos pontos por ano, com a proposta de que, mais do que financiamento, esses pontos precisam de fomento", afirma Márcia Rollemberg, secretária de Cidadania Cultural.
A suspensão desses repasses criou grande descontentamento num setor que sabe fazer barulho. Patrícia Ferraz, gestora de um ponto de cultura e membro do movimento Mobiliza Cultura, que bateu de frente com a ministra, diz que essa ação do MinC resultou em insegurança geral sobre a continuidade do programa. "Os motivos das suspensões não ficam claros. Há casos em que faltam páginas nos editais cancelados. Estão tentando desqualificar o processo."
Fonte: Etétuba - Culturas Populares

Guia contra o preconceito étnico-racial




A Organização das Nações Unidas no Brasil lançou no final de 2011 um guia para auxiliar a denúncia de discriminação étnico-racial. O documento apresenta o conjunto de instrumentos nacionais e internacionais que garantem a igualdade étnico-racial, bem como informações sobre o marco legal brasileiro e internacional, além de endereços dos órgãos de atendimento à população nos estados e capitais.O “Guia de Orientação das Nações Unidas no Brasil para Denúncias de Discriminação Étnico-racial” responde a uma série de demandas da sociedade civil identificadas durante a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (II CONAPIR), realizada em 2009.  Acesse aqui:
          http://www.onu.org.br/img/2012/02/guia-para-denuncias-de-discriminacao2.pdf

Mais 2.000 comunidades africanas colocaram fim à mutilação ou corte genital feminino em 2011


Nações Unidas, Nova York – Em 2011, quase duas mil comunidades de toda África abandonaram a mutilação ou corte genital feminino. Assim, chegou a oito mil o número total de comunidades que renunciaram a essa prática nos últimos anos, segundo levantamento recentemente feito pelo UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas, e UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância.
“Essas constatações encorajadoras mostram que as normas sociais e as práticas culturais estão mudando, e as comunidades estão se unindo com o objetivo de proteger os direitos das meninas e das mulheres”, disse Dr. Babatunde Osotimehin, Diretor Executivo do UNFPA no Dia Internacional da Tolerância Zero com a Mutilação Genital Feminina, 6 de fevereiro.
 “Fazemos um chamado à comunidade mundial para que se some a nós nesta iniciativa de importância crítica. Juntos, podemos colocar fim à mutilação ou corte genital feminino no lapso de uma geração e ajudar milhões de meninas e mulheres a ter vidas mais saudáveis e plenas e alcançar seu potencial".

Nascida em 1965, Ex-modelo Warris Dirie nasceu na Somália, e luta contra a mutilação genital feminina na África – violência que ela mesma sofreu aos cinco anos de idade,  afima que  mais de 8 mil garotas foram vítimas todos os dias desse denominado costume local.
HISTÓRIA DE LUTA E MUITA RESISTÊNCIA !
Warris fugiu da aldeia em que vivia com a família aos doze anos de idade, um dia após saber que seria obrigada por seu pai a se casar com um homem de 60 anos, do qual seria a quarta esposa. 
Na época, atravessou sozinha um dos desertos somalis inteiro, sofrendo com fome e sede e ficando com vários ferimentos nos pés, dos quais até hoje têm cicatrizes.
Chegando em Londres, foi trabalhar na limpeza de uma lanchonete. Descoberta pelo fotógrafo britânico Terence Donovan aos 18 anos, Warris imediatamente se tornou uma modelo de sucesso.
Foi em 2002 que ela decidiu ir mais longe. Criou a Warris Dirie Foundation, que luta contra a mutilação genital feminina e, desde então, 16 países na África já aprovaram a proibição do costume. “Com certeza, até então, este tema era um tabu". Waris Dirie converteu-se numa defensora da luta pela erradicação da prática da Mutilação Genital Feminina !
Escreveu vários livros sobre suas vivências e foi tema de um filme "Flor do Deserto", lançado em 2010 no Brasil. Existe uma fundação com seu nome.

4º Encontro da Rede das Culturas Populares inicia nova fase para a organização do segmento


A quarta edição do Encontro da Rede das Culturas Populares ocorrida no último dia 28/01 no Largo Zumbi dos Palmares (Porto Alegre) estabeleceu mudanças significativas para a articulação do segmento. Durante o encontro, representantes do Ministério da Cultura (MinC), Rede dos Pontos de Cultura, movimentos sociais, e outros circuitos discutiram e definiram o Plano de Trabalho para o biênio 2012/13, reformaram a Carta de Princípios e estabeleceram que a Secretaria Executiva, antiga necessidade do movimento, ficará à cargo do Fórum para as Culturas Populares e Tradicionais. Com o intuito de agregar às culturas populares a diversidade das manifestações tradicionais expressas pelas comunidades quilombolas, ciganos, ribeirinhos, pescadores artesanais, povos de terreiro, dentre outros, foi definida também a mudança de nome da Rede, que, agora, passa a se chamar Rede das Culturas Populares e Tradicionais (RCPT).
Atuante na promoção de ações voltadas para a valorização, divulgação, e articulação dos envolvidos nos circuitos das culturas populares e tradicionais, a Rede conta atualmente com cerca de 5 mil membros em todo o Brasil, integrando também pessoas de países como Portugal, Argentina, Uruguai e Venezuela. Até o momento, as principais ferramentas usadas para o desenvolvimento dos trabalhos são os fóruns de discussão nas principais redes sociais 
Com os encaminhamentos estabelecidos no encontro, a Rede passa a trabalhar de forma coletiva na execução direta de projetos. Esta ação será consolidada por meio de parcerias públicas e privadas e sugestões de políticas públicas aos governantes em níveis municipal, estadual e federal e nas instâncias dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público.
Entre as principais ações previstas para este ano, encontram-se a realização do Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares e Tradicionais e a publicação de uma Cartilha com sugestões de programas em prol das culturas populares e das expressões dos povos e comunidades tradicionais. Essa cartilha tem como objetivo, também, disseminar entre os candidatos a prefeito e a vereador deste ano, conhecimentos e informações sobre como trabalhar projetos e políticas de desenvolvimento sustentável para estes segmentos.
Thereza Dantas e Victoria Almeida.em e-mail enviado por  Marcelo Manzatti

12 lugares no mundo que baniram ou taxaram o uso de sacola plástica

São Paulo. A discussão sobre proibir ou não o fornecimento de sacolas plásticas por estabelecimentos comerciais pode ser recente no Brasil, mas lá fora é possível encontrar iniciativas com pelo menos uma década de vida.

Na Irlanda, a iniciativa adotada desde 2002 ajudou reduzir a distribuição de sacos plásticos em mais de 90%.
 Ruanda já está em seu quarto ano com uma lei de abrangência nacional que proíbe todos os tipos de saco plástico. Além de resolver a crise humanitária, o país pôs fim à poluição causada por sacolas plásticas, que sujavam as ruas e os cursos de água, prejudicando a agricultura. 
Em ritmo de preservação, a Itália tornou-se o primeiro país da Europa a banir as sacolas de polietileno. A proibição nacional começou a valer em janeiro de 2011. 
Desde agosto de 2010, a capital do México conta com leis que proíbem o fornecimento de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais.
Nenhum lojista, distribuidor, comerciante, vendedor ou ambulante pode fornecer sacolas plásticas aos consumidores na Índia
Imagine 1,3 bilhões de habitantes, cerca de um sétimo da população mundial, consumindo e descartando sacolinhas plásticas todos os dias dentro de um só país? Pois era assim na China até 2008, quando as sacolas plásticas foram banidas do país.
Bangladesh foi um dos primeiros países a promulgar, em 2002, uma lei que proíbe a fabricação, distribuição e uso de sacolas plásticas em seu território.
Apesar de na Austrália não vigorar nenhuma lei proibitiva de abrangência nacional, em muitas regiões, os supermercados resolveram se unir para estimular o uso de sacolas alternativas às embalagens plásticas.
O uso de sacolas reutilizáveis ou caixas de papelão para acondicionar as compras no supermercado já virou hábito na Alemanha
O governo da África do Sul decidiu proibir em 2003 que lojas distribuam a seu clientes sacolas plásticas para carregar mercadorias.
São Francisco, na Califórnia, foi a primeira cidade americana a banir o uso de sacolas. Somente as de papel reciclado ou biodegradáveis (feitas de goma de batata ou de milho) podem ser utilizadas
Washington D.C. é outra que aboliu os sacos plásticos, passando a cobrar em 2010 uma taxa de 5 centavos de dólar sobre cada sacola utilizada



LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL, A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL. PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA


Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio:

O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar diretamente pela Web , sem necessidade de se registrarem. 
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.
Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português), embora os originas existam na sua língua de origem
Com um simples clique, podem-se passar as páginas de um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.