UMA MARCA PARA MARTA


A Ministra da Cultura, Marta Suplicy debateu durante os Fóruns Setoriais Culturais em Brasília e destacou a necessidade da Cultura no Brasil de criar uma ação ou uma política que imprimirá uma marca do Brasil para o
 Mundo no âmbito da Copa de 2014 na sua gestão. Marca é coisa do marketing e propaganda, Marta está numa empresa ou no governo?
     Para aqueles que torcem o nariz para o marketing, sendo a gestão de marcas, um ferramenta usada pela empresas para falar dos valores, pode comparar oconceito de marca com o que habitou-se chamar de produção simbólica. É isto que as artes e culturas fazem tempo inteiro. O jogo de cintura e a espontaneidade do carioca está vinculada ao samba e o universo ao seu redor.
      Para aqueles que acham que a Copa é um mês e isto não pode ser feito, há dezena de estudos que relaciona a mudança simbólica de um povo quando acontece este evento, o mais recente foi a Copa da Alemanha, os germanos e germanas mudaram a imagem deles pra si mesmo que era muito ligada a segunda guerra. Estas coisas precisam ser bem feitas e os legados tem que ser planejados e pactuados com a sociedade. Um exemplo fracassado disto éa própria Grécia que fez Olimpíada em Atenas e continua numa profunda crise economia.
      Por isto, o voluntariado é uma estância importante neste evento por que se alguém se voluntaria a cuidar de uma praça do seu bairro para que turistas possam se sentar num jardim bonito, por mais que aquilo tenha sido feito para Copa, a cidade ganha com isto e se os voluntários pegam gosto aquela praça continuara cuidada.
      Em junho, no Brasil, acontece a maior festa do Brasil, maior até que ocarnaval, em números de estados e participantes. Como os dados não estão contabilizados, mas apenas um tipo de atração das culturas populares reunicerca de 40 mil pessoas em todos Brasil. São os grupos de quadrilhas juninas.Nos festejos juninos há diversos tipos de grupos das culturas populares:Bumba-meu- Boi, dança portuguesa, coco, cacuria, tambor de crioula, trio de forro, dança do boiadeiro, samba de coco, bacamarteiros, bandas depífanos, grupos de xaxados, etc.
       Para quem já ouviu falar da grandiosidade dos festejos juninos de Caruaru ou Campina Grande, são apenas duas cidades,que movimenta R$ 20 milhões e gera 5 mil postos de trabalho (Fonte: Uol Viagem). Uma produção simbólica imensa e distinta que constrói uma marca de regionalidade, tradição e diversidade a esta duas cidades nordestinas. Em Brasília, as festas juninas cresceram tanto que elas duram até agosto.
      Uma marca para Marta é investir na diversidade por meio das culturas populares no Brasil, com grandes mostras em pelos 09 estados ao mesmo tempo, Um Ano do Brasil no Brasil, um pouco na linha do que sugeriu o senador Antônio Carlos Valadares.
      Respeitar e conviver com a diversidade é habilidade forte dos brasileiros. Esta habilidade é nosso diferencial em relação ao BRICS. Pois na Índia, apesar de haver uma diversidade religiosa, étnica e social, eles se
respeitam, mas não a convivência. No Brasil, por exemplo, um padre participa de uma celebração em terreiro de
 candomblé.
      Mostrar como conviver com o diferente para além da marca e um aprendizado para as nações do mundo que passaram e passam por conflitos. A sociedade nos Estados Unidos aprendeu a ver “o diferente” como inimigo seja ele comunista, índio ou muçulmano. Por isto, eles continuarão em crise por um longo tempo. Hoje até os ambientes das empresas já  se aponta a necessidade de saber lidar com diversidade.A diversidade é um dos aspectos da marca Brasil, revelar-se isto através de 09 grandes mostras é uma Marca para Marta e para nós afirmamos nossa contribuição para o mundo. Será  O Ano do Brasil no Brasil.

Anderson Lira

Nenhum comentário: